LEPTINA – O MEDIDOR DE COMBUSTÍVEL

A grande maioria dos hormônios são produzidos por glândulas espalhadas pelo corpo. A leptina tem uma particularidade pois é um hormônio secretado pelo tecido adiposo (células de gordura) que informa o cérebro como anda seu estoque de gordura corporal.
Uma das hipóteses estudadas pela ciência é que a leptina criaria um ‘ponto de referencia’ usado para manter o peso do seu corpo, o que explicaria por que alguns indivíduos ganham novamente os quilos perdidos no passado. Ou seja, você sonha em pesar 54 kg, mas sempre que chega lá, seu corpo vai fazer de tudo para voltar aos 60 kg na balança no menor descuido.

A leptina tem sido considerada a responsável por regular essa marcação, estimulando o apetite quando você elimina gordura. Ela também é produzida quando você está se alimentando, e assim, manda uma mensagem ao cérebro para você parar de comer. Isto é, se o estoque de gordura armazenada anda cheio, o hormônio é produzido para suprir o apetite. Então quer dizer que quando mais gordura a pessoa tiver, mais leptina produz e menos ela come??? Aí é que está um furo nessa estratégia: quanto mais pesada a pessoa estiver, menos sensível ela será aos sinais de leptina e pode comer desenfreadamente.

Um estudo do Centro Médico da Universidade Columbia, nos EUA, achou níveis de leptina descrescentes em pessoas gordas que estão perdendo peso. Essa diminuição parece causar um aumento da atividade de áreas do cérebro responsáveis pela atração visual da comida. Ou seja, à medida que você perde peso, aquela coxinha engordurada começa a parecer mais saborosa, o que explica por que as pessoas voltam a comer tanto.

O que fazer? O organismo demora um certo tempo para se adaptar a novos estímulos. O processo de emagrecimento deve ser lento, para que não haja ‘efeito rebote’ dos quilos eliminados. O emagrecimento é como um elástico, se puxá-lo repentinamente, ele volta rapidamente ao ponto original. Se puxá-lo devagar e o mantiver assim por algum tempo, a distensão tornará o seu retorno menor. Uma das teorias é que, ao perder alguns quilos de forma mais lenta, o nível de leptina se mantém tão elevado quanto possível e, assim, o emagrecimento se torna mais eficaz. Ou seja, no final, perder peso de forma lenta é hoje a forma mais rápida de emagrecer e de se manter no peso.

Adicional: o exercício físico estimula a produção de outros hormônios que diminuem a ansiedade pela comida. As pessoas que seguem a linha exercício-reeducação alimentar, além de emagrecer de forma mais saudável, criam hábitos que melhoram a qualidade de vida como um todo.

Isso não é fantástico?
Espero que tenham gostado.
Logo enviarei textos sobre outros hormônio!
Beijos

On abril 1st, 2011, posted in: Alimentação, Emagrecimento, Hormônios, Metabolismo, Saúde by

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